Deve-se compreender que
diversas patologias que acometem o ombro apresentam sintomatologia em comum
como dor e limitação de movimento, nem por isso devemos considerá-la como
moléstia única, ou agrupá-las sob o diagnóstico de Capsulite Adesiva do Ombro,
pois diversas patologias que causam encurtamento de tecidos moles podem causar
confusão com a verdadeira CAO, pois nesta há uma verdadeira contratura da
cápsula responsável pela limitação de movimento (MORELLI e MORELLI, 1989). A
síndrome clínica denominada Capsulite Adesiva do Ombro ou periartrite aderente
ou ainda ombro congelado é caracterizada por dor e perda progressiva dos
movimentos glenoumeral nas três posições fundamentais – elevação anterior,
rotação interna e rotação externa, sem que haja alguma causa do tipo bloqueio
mecânico que a explique, havendo perda progressiva tanto do movimento ativo
quanto de movimento passivo (JOHNSON, 2000; CALLIET, 1979; MOREIRA e CARVALHO,
1996; SKARE, 1999; DAVID e CHATTOPADHYAY, 1999).
Devemos ressaltar a importância da sua complexidade,
pois a articulação glenoumeral é a de maior amplitude de todas as articulações
e a mais instável, formada por uma esfera e uma concavidade pouco profunda. A
capacidade funcional do ombro não se restringe à função da articulação formada
pela cintura escapular. Das sete articulações que compõem a cintura escapular,
três têm características morfológicas de articulações verdadeiras: articulação
glenoumeral, acramioclavicular e esternoclavicular. As outras quatro
articulações são apenas denominadas fisiológicas: escapolo-torácica,
supraumeral, escapulo-costal e costoesternal (KAPANDJI, 1990; SOUZA, 2001;
CALLIET, 1979).
A capsulite adesiva do ombro é uma entidade clínica
mal compreendida, tendo achados anatomopatológicos e radiológicos uniformes e
quadro clínico característico, sendo este um problema comum na prática clínica.
Contudo, o exame radiológico simples não mostra alterações, mas a artrografia é
patognomônica e deve sempre ser usada para um diagnóstico preciso. Pois durante
o exame há dificuldade de se injetar mais de 5 ml de contraste, quando
normalmente não é difícil a injeção de 15 ml. A imagem mostrará uma obliteração
que cruza o recesso axilar até a cabeça do úmero e às vezes apresentando
ruptura por pressão do espaço subescapular (MORELLI e MORELLI, 1989).
É muito importante que se faça o diagnóstico diferencial
das diversas entidades patológicas que acometem o ombro. A CAO deve ser, desde
o início, diferenciada, pois se trata de uma entidade bem estabelecida, com
quadro clínico, radiológico, anatomopatológico e com tratamento próprio
(CIRIAX, 1975). Por ser pouco conhecida quanto à sua etiologia está sujeita a
grande variação de abordagens terapêuticas (GOLDINHO et al, 1995).
Olá, me chamo Wagner. Estou no 4 semestre do curso de Fisioterapia, gostaria de saber que exercícios são eficazes e que poderá resolver no tratamento de Capsulite Adesiva do Ombro.
ResponderExcluirOla, me chamo Wagner e estou no Curso de Fisioterapia. Queria saber Dr que exercícios podera solucionar uma melhora do paciente com realaçao ao tratamento de Capsulite Adesiva do Ombro.
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